Auto da Barca do Inferno foi escrita por Gil Vicente com o propósito de moralizar a sociedade portuguesa do inicio do século XVI. Para compor esta obra, que na verdade é uma peça, ele usou personagens típicos e alegóricos, cujas atitudes, no entanto, se nos apresentam com instigante realidade. A autonomia crítica do autor, muitas vezes impiedosa com toda a sociedade de sua época, representa uma visão de mundo religiosa, de valores cristãos.
Ao entrarem em cena, as pesonagens são submetidasa um pré - julgamento feito por um Anjo e por um Diabo (Bem e Mal). Desfilam no cais tipos sociais como Fidalgo, Onzeneiro (agiota), Sapateito, Frade, Judeu, Corregedor, Procurador, ladrão e quatro cavaleiros. Onde seus atos as levará subir no batel (barco) com direção ao céu ou ao inferno. Ao longo do julgamento, revela-se a moralidade vicentina, que se detém nas altitudes humanas.
>> MÉTRICA:
- Cem estrofes de oito versos cada;
- Predomínio de sete sílabas (redondilhas maiores);
- A maioria das redondilhas obedecem ao esquema de rimas abbaacca;
>> FIDALGO:
- O primeiro tipo a entrar em cena é o representante da nobreza, no qual trás consigo itens como o pajem que lhe leva uma cauda muito comprida e uma cadeira de espaldas, itens que o caracterizam.
>> DIABO:
- Uma das sua principais características na obra é a versatilidade linguística o que revela a variedade de falares que havia em Portugal na época da obra de Gil Vicente e outra vertente é as respostas subliminares, maliciosas.
>> ANJO:
- Com participação pequena se comparada com a do Diabo, o Anjo tem suas respostas incisivas, seus julgamentos, severos, e seu veredicto, definitivo.
>> ESTE É UM BREVE RESUMO E NÃO ESTÃO INCLUSOS TODOS OS PERSONAGENS!
>>>>>>>>>> NAVEGAR <<<<<<<<<<
Parte do acervo do MASP pode ser acessado via internet. Lá você encontrará duas exposições ligadas ao tema: desenhos de Michelangelo e uma mostra de arte italiana, com obras dos séculos XXI a XIX.
Endereço: www.uol.com.br/masp/
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