domingo, 18 de outubro de 2009 0 comentários

IRACEMA

Iracema é uma das obras literárias mais significativas do Roantismo Brasileiro. Em uma atmosfera lendária, de exótica poesia, José de Alencar narra a história de Martim, primeiro colonizador português do Ceará, e Iracema, jovem e bela índia tabajara. Martim saíra a caça com o amigo Poti - guerreiro pitiguara - e perde-se, indo ter aos campos dos tabajaras, onde se deparou com a bela índia Iracema e se encantou com sua formosura.
Iracema é filha de Araquém, pajé da tribo, e tem como missão manter-se virgem, pois gurada o segredo de Jurema: ela frabrica uma bebida que é servida ao pajé e aos demais membros da tribo e que tem efeito alucinógenos; ao beberem o líquido mágico, os índios têm alucinações, delírios.
Ela é simbolo da América, do Brasil, do Ceará. O próprio nome é originado da palavra América, pois este é um anagrama - as mesmas letras da palavra Iracema estão contidos na palavra América. Iracema é revestida das cores locais, características da natureza brasileira, da mestiçagem no Brasil.
É descrita por José de Alencar com uma pureza, uma brandura feminil, trabalhando-a como uma alegoria das matas e do aspecto virginal da natureza de nossas terras:
"Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati nã era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado..."
Já Martim, se paixona por Iracema, é caracterizado por José de Alencar de forma tão idealizada quanto a índia. O guerreiro é belo e sensível; seus atributos o tornam comparável aos grandes heróis românticos.
Martim goza de um grande poder sobre a índia. Certa noite bebe o "segredo de jurema" e entra a vislumbrar alucionações; em sua imaginação, possui a jovem, como se fosse realidade. Enquanto isso, Iracema "torna-se sua esposa". Sua condição guerreira vem indicada no próprio nome, ue quer dizer filho de Marte (o deus latino da guerra). Martim está voltado para a guerra, e Iracema, para o amor. A união de ambos, portanto, jamais poderia resultar duradoura.
Iracema morre no final da obra, segurando em seu colo o fruto de seu amor com Martim.
0 comentários

Memórias de um Sargento de Milícias

As Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida, centram-se numa personagem popular avessa ao herói oficial da Literatura contemporânea a sua publicação: Leonardinho desfila na obra como um homem comum, sem idealizações, desde seu nascimento fora do matrimônio - "filho de uma pisadela e de um beliscão". É o primeiro retrato literário do ambiente popular e o primeiro a mostrar a realidade brasileira nas relações sociais, de ordem e desordem.

Leonardinho opõe-se à imagem clássica dos seres humanos acabados, perfeitos e em plena maturidade. É um malandro que olha o mundo com um olhar de possibilidades. Desde de criança rompe com a seriedade das instituições sociais (seu riso desafiando a severidade escolar), anda pregando peças nos vizinhos, é popular, astuto, nasce malandro feito e, assim como se envolve em enrascadas, delas sai com naturalidade.

Passadas as peraltices da infância e da adolescência, Leonardinho continuou a desfilar como um vadio. Não somente ele nos é apresentado como um avesso das expectativas tradicionais, mas também as figuras femininas com quem se envolve, Luisinha e Vidinha.

Luisinha, esquisita e feia, rompe fisicamente com o modelo feminino idealizado, embora em sua psicologia não se afaste dele, necessariamente, já que é uma mulher á mercê da vontade de um outro, apresentando-se como incapaz de agir por vontade própria.

Quem quebra o estereótipo da mulher perfeita e submissa, física e psicologicamente, é a mulata Vidinha, segunda namorada de Leonardinho.

Como já dito anteriormente, Memórias é o retrato da sociedade brasileira, estando diante das relações improvisadas da instituições que não funcionam e que vivem de subterfúgios, "jeitinhos" provisórios, para que tudo dê certo ao final.

ESTE NÃO É O RESUMO, APENAS ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DA OBRA E DE SEUS PERSONAGENS!
domingo, 11 de outubro de 2009 0 comentários

Auto da Barca do Inferno

Auto da Barca do Inferno foi escrita por Gil Vicente com o propósito de moralizar a sociedade portuguesa do inicio do século XVI. Para compor esta obra, que na verdade é uma peça, ele usou personagens típicos e alegóricos, cujas atitudes, no entanto, se nos apresentam com instigante realidade. A autonomia crítica do autor, muitas vezes impiedosa com toda a sociedade de sua época, representa uma visão de mundo religiosa, de valores cristãos.
Ao entrarem em cena, as pesonagens são submetidasa um pré - julgamento feito por um Anjo e por um Diabo (Bem e Mal). Desfilam no cais tipos sociais como Fidalgo, Onzeneiro (agiota), Sapateito, Frade, Judeu, Corregedor, Procurador, ladrão e quatro cavaleiros. Onde seus atos as levará subir no batel (barco) com direção ao céu ou ao inferno. Ao longo do julgamento, revela-se a moralidade vicentina, que se detém nas altitudes humanas.
>> MÉTRICA:
  • Cem estrofes de oito versos cada;
  • Predomínio de sete sílabas (redondilhas maiores);
  • A maioria das redondilhas obedecem ao esquema de rimas abbaacca;

>> FIDALGO:

  • O primeiro tipo a entrar em cena é o representante da nobreza, no qual trás consigo itens como o pajem que lhe leva uma cauda muito comprida e uma cadeira de espaldas, itens que o caracterizam.

>> DIABO:

  • Uma das sua principais características na obra é a versatilidade linguística o que revela a variedade de falares que havia em Portugal na época da obra de Gil Vicente e outra vertente é as respostas subliminares, maliciosas.

>> ANJO:

  • Com participação pequena se comparada com a do Diabo, o Anjo tem suas respostas incisivas, seus julgamentos, severos, e seu veredicto, definitivo.

>> ESTE É UM BREVE RESUMO E NÃO ESTÃO INCLUSOS TODOS OS PERSONAGENS!

>>>>>>>>>> NAVEGAR <<<<<<<<<<

Parte do acervo do MASP pode ser acessado via internet. Lá você encontrará duas exposições ligadas ao tema: desenhos de Michelangelo e uma mostra de arte italiana, com obras dos séculos XXI a XIX.

Endereço: www.uol.com.br/masp/

0 comentários

Leituras Obrigatórias da Fuvest e da Unicamp

Para quem esta pensando em prestar Fuvest (USP) e Unicamp neste ano de 2009, deve ficar atento quanto as leituras exigidas pelas universidades, pois as obras serão usadas tanto na primeira, quanto na segunda fase. Caso ainda não tenha conhecimento sobre as obras, veja a seguir e em breve será postado no blog alguns resumos e características das obras.

>> Obras:
  • Auto da barca do inferno - Gil Vicente
  • Memórias de um sargento de milícias - Manuel Antônio de Almeida
  • Iracema - José de Alencar
  • Dom Casmurro - Machado de Assis
  • A cidade e as serras - Eça de Queirós
  • O cortiço - Aluísio Azevedo
  • Vidas secas - Graciliano Ramos
  • Capitães da areia - Jorge Amado
  • Antologia poética - Vinicius de Morais

Bom são essas as obras e espero que a informação seja útil!

 
;